Mudanças, mudanças e mais mudanças ...

É oficial, a partir de hoje sou literalmente um parasita da sociedade. Não tenho residência, trabalho, ou algum tipo de ocupação. do tipo profissional ...
A isto chama-se, mudança, ou em alguns casos desespero, que se traduziu numa forte dor nos biceps (que não tenho), e nas perninhas de tanta escada subir e de tanto caixote acarretar.
Estou a mudar de casa, não sei bem para onde, uma vez que ainda não tenho nova residência, isto é, um bom princípio, ou, debaixo da ponte...
Esta coisa da mudança, para mim tem-se revelado uma perfeita surpresa, descobri que o meu universo cabe em algumas caixas de cartão, demasiadas até, e ainda que estes «objectos» possuem arestas com vontade própria e não foi a que eu planeei para elas. Esta vontade chama-se, hematomas nos membros inferiores, e muitos ... cada vez que, sucessivamente, vou contra as mesmas.
O que não é dificil, porque tirando o ar e o cotão, estas têm sido a minha companhia nos ultimos tempos ... pelo menos a mais chegada.
É assim, edifícios não passam disso mesmo, levo as memórias das jantaradas, as conversas até as tantas, as festas, aniversários ... e por aí fora.
Para trás fica o eco, que também se modou para lá, e as saudades de tudo, principalmente das pessoas e da pessoa.
Mas é a vida, vou continuar a acarretar caixas, cheia de dores e de vontade de que aquela história do, Deus está em todo o lado, seja mesmo verdade, porque com a quantidade de caixotes que ainda há, e ao preço a que estão as carrinhas, mais um par de braços vinha mesmo a calhar ...